Projetos de arquitetura ganham em desempenho e versatilidade com uso do drywall, tecnologia que substitui com muitas vantagens a alvenaria convencional em paredes internas não estruturais e não sujeitas a intempéries, forros internos e revestimentos internos de parede.

Paredes com alturas de até 10 metros, dutos para exaustão de fumaça e insuflamento de ar, elementos com iluminação indireta ou embutida, paredes acústicas e para a sustentação de mobiliário, TVs de LCD ou obras de arte: estas são algumas das múltiplas possibilidades oferecidas pelo sistema construtivo em gesso acartonado, também conhecido como drywall.
Versátil, o drywall substitui com muitas vantagens a alvenaria convencional, desde que executado por uma empresa especializada: dimensões precisas, baixos índices de desperdício, leveza, montagem limpa e rápida mesmo em layouts complexos, facilidade de compatibilização com os sistemas elétrico, hidrossanitário, de ar condicionado e telefonia.
A tecnologia nasceu há mais de um século nos Estados Unidos e está presente no Japão e na Europa há aproximadamente 80 anos. No Brasil, o sistema é utilizado desde a década de 1970, mas somente a partir dos anos 1990 passou a ser mais difundido no mercado nacional. De acordo com a Associação Brasil do Drywall, somente no ano de 2013 o consumo nacional desse produto foi de aproximadamente 50 milhões de metros quadrados.
O sistema é constituído por placas produzidas industrialmente a partir dos componentes gesso, água e aditivos. Essa mistura fica entre duas lâminas de cartão, formando chapas com espessuras que podem variar de 6,5 a 18 milímetros, conforme o fabricante. As de 12,5 milímetros são as mais empregadas no uso geral. É possível utilizar várias camadas de chapas de gesso em cada lado do perfil, o que permite atender às exigências de projeto para assegurar resistência mecânica e isolamento acústico, ou para dar resistência e estabilidade a paredes com alturas a partir de quatro metros. O uso de lã de vidro no vazio entre as chapas das paredes ou sobre o forro aumenta o isolamento termoacústico.
Existem vários tipos de chapas de gesso, mas três são os mais empregados e oferecidos pelas indústrias no Brasil. As do tipo Standard (ST) são indicadas para uso geral em paredes, tetos e revestimentos. As Resistentes à Umidade (RU), que apresentam uma de suas faces na cor verde, contém elementos hidrorepelentes e são adequadas para uso em cozinhas, banheiros e áreas de serviço. O terceiro tipo compreende as placas Resistentes ao Fogo (RF), identificadas pela cor rosa. Elas contém retardante a chamas em sua composição, têm baixa emissão de fumaça e apresentam reduzido coeficiente de condutividade térmica. São indicadas para saídas de emergência, rotas de fuga ou escadas enclausuradas.
Conforme as necessidades de cada projeto, as chapas são parafusadas unitariamente ou em camadas a cada 40 ou 60 centímetros a uma estrutura metálica leve, composta por perfis de aço com espessura mínima de 0,50 milímetro e acabamento zincado – o revestimento em zinco deve ser de 275 gramas por metro quadrado. É importante ressaltar que os perfis de aço com essa espessura devem ser usados exclusivamente em drywall e jamais podem ser empregados com finalidade estrutural em outros sistemas.
A fabricação das chapas de gesso é regida pelas NBRs 14.715:2001, 14.716:2001 e 14.717:2001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para a fabricação dos perfis, está em vigor a NBR 15.217:2005.
Além desses itens, o sistema possui várias peças complementares, tais como cantoneiras de reforço para forro e parede, roda teto, rodapé, tirantes, presilhas, clips, junções em H ou I e montantes especiais para a fixação de batentes. Há também parafusos, buchas e massas específicas para o tratamento das juntas.
Exemplos de Aplicação
A Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, projeto assinado pelo arquiteto português Álvaro Siza, é um exemplo das múltiplas possibilidades oferecidas pelo sistema drywall. Construído em concreto armado branco em toda sua extensão, dispensando pinturas e acabamentos, o museu não utilizou tijolos, tendo suas faces internas revestidas por chapas de gesso acartonado. Foram utilizadas chapas RU no estacionamento e nos banheiros; as chapas RF aparecem nas escadas e as ST nas demais áreas. No forro, foram utilizadas chapas com 12,5 milímetros de espessura perfuradas e com véu para absorção acústica na face superior, proporcionando, ao mesmo tempo, a filtragem e a purificação do ar em ambientes fechados.

Na sede da fundação, o revestimento das rampas e os painéis que sustentam as obras de arte não tocam o piso nem o teto, parecendo flutuar no espaço. Para conseguir esse efeito, as chapas foram usadas como revestimento estruturado: os perfis estão fixados na parede, por trás. Para suportar o peso das obras expostas, foram utilizadas travessas horizontais de reforço.
Em São Paulo, no Shopping Cidade Jardim, assinado por Arthur Casas, o drywall foi utilizado na vedação interna e nas sancas com iluminação embutida. As paredes com mais de 6,5 metros de altura empregam montantes duplos e com espaçamento menor: paredes acima de 3,5 metros devem ter montantes a cada 40 centímetros, enquanto o espaçamento em paredes convencionais é de 60 cm. Para dar estabilidade ao conjunto, foram utilizados reforços horizontais a três metros de altura, feitos com tubos de 8 x 8 centímetros para formar uma alma dentro dos montantes de nove centímetros. No centro de compras foram utilizadas as chapas do tipo RF na parede que separa o Mall do estacionamento e nos dutos de exaustão de fumaça e de insuflamento de ar. O próprio drywall forma os dutos, não sendo necessário qualquer outro material.

O Shopping Palladium, inaugurado no ano de 2008, em Curitiba, também conta com os benefícios do sistema drywall. Todas as vedações internas de forros e paredes do Mall foram executadas em gesso acartonado pela DW DRYWALL. O empreendimento tem uma área construída de 154.600 m² e possui 18 escadas rolantes, 13 elevadores e três amplos pisos de estacionamento para 20 mil veículos/dia. O fluxo de consumidores do Shopping é de 1,5 milhão de pessoas por mês.

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